Manutenção de bombas: entenda quando e por quê fazer

Manutenção de bombas: entenda quando e por quê fazer

Manutenção de bombas: entenda quando e por quê fazer

A movimentação de líquidos é imprescindível para alguns processos industriais. A finalidade dessa movimentação é facilitar a realização de tarefas, que não podem ser concluídas sem o uso de uma bomba d’água.

Mas é importante estar atento a necessidade de realizar a manutenção dessas bombas hidráulicas, que se não forem constantemente monitoradas podem apresentar grandes desgastes e estragos na estrutura, prejudicando o seu funcionamento e o seu desempenho.

Sendo assim, se você usa uma bomba, seja na indústria, na propriedade rural ou mesmo no seu condomínio e na área de lazer, siga as orientações que reunimos aqui para realizar a manutenção do seu equipamento.

A importância da manutenção em diferentes tipos de bombas

De acordo com a NBR 5462/1992 da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), a manutenção é “a combinação de ações técnicas e administrativas, incluindo as de supervisão, destinadas a manter ou recolocar um item em um estado no qual possa desempenhar uma função requerida”.

Essa norma deve ser considerada para todos os tipos de bombas, independente do seu uso. Isso porque, a manutenção não é mais considerada apenas uma atividade de apoio, mas sim uma ação estratégica de custo e gestão para as atividades industriais, as agrícolas e até mesmo para os projetos residenciais.

A escolha da bomba e a sua instalação são os primeiros pontos a serem observados. É preciso verificar se o modelo de bomba escolhido e instalado está de acordo com o seu projeto. Para isso, é importante calcular a capacidade de atuação da bomba e a vazão que ela precisa atender.

Caso isso não seja bem calculado, certamente a bomba d’água elevará o consumo de energia elétrica e água da sua indústria, propriedade rural ou condomínio, considerando principalmente que a maioria desses equipamentos funcionam o dia inteiro de forma ininterrupta.

Depois de escolhido o modelo certo e de realizada a correta instalação do equipamento, é recomendado observar como a bomba está trabalhando para garantir o seu bom funcionamento.

Essa prática vai fornecer conhecimento para o proprietário da bomba realizar sua manutenção com propriedade. Será possível verificar se a bomba está apresentando barulho excessivo ou se está demorando mais que o normal para preencher um reservatório, por exemplo.

A periodicidade ideal para os reparos

A alta frequência de uso de uma bomba e o passar dos anos faz com que elas comecem a apresentar desgastes e falhas. Dessa forma, é sugerido realizar a manutenção prévia e programada da bomba para detectar possíveis problemas em peças e na estrutura geral do equipamento.

A manutenção preventiva terá uma periodicidade variável, de acordo com os diversos tipos de bombas. A manutenção mensal é indicada para as bombas de recalque, aquelas que têm como função levar a água dos reservatórios inferiores até os superiores de edifícios, bem como para as bombas usadas em esgotos, para eliminar água empoçada e para lavar superfícies.

A manutenção mensal também deve ser aplicada nas bombas de pressão, também conhecidas como pressurizadoras, nas bombas usadas em hidrantes para o combate a incêndios, e nas bombas indicadas para fontes e chafarizes.

Já para as bombas usadas em piscinas, que ajudam no bombeamento e na filtragem da água, a periodicidade da manutenção deve ser de no máximo 2 anos, quando deve ser feita a troca de rolamentos do motor elétrico.

Outro tipo de bomba que também pode ter uma manutenção mais espaçada é a submersa, ou seja, aquela que atua dentro d’água. A sugestão é que a manutenção seja feita a cada 2 anos e meio para a obrigatória troca de óleo e demais ajustes que se apresentarem necessários.

Os benefícios da atuação preventiva

A NBR 5674/2012 da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) indica que a manutenção deve ser feita a partir de um plano de gestão, ou seja, uma estratégia que define como elas devem ser feitas. Ainda de acordo com essa norma, as manutenções são classificadas em preventivas, preditivas, corretivas e detectivas.

A manutenção preventiva, como o próprio nome diz, é aquela que atua de forma antecipada para que não seja necessária a reparação intensa da bomba. Essa atuação preventiva deve ser feita em datas programadas e atender aos critérios técnicos e administrativos com base no histórico das demais manutenções realizadas.

A manutenção preventiva envolve avaliações, ajustes, limpeza, identificação de ruídos e verificação de alertas nos quadros elétricos. Tudo isso vai ajudar a detectar problemas futuros.

Já a manutenção preditiva é a que objetiva o estudo e analisa o comportamento dos equipamentos para prever eventuais problemas. A corretiva é a que atua já no correção da bomba, implicando a paralisação do funcionamento e a detectiva é a que apura a causa das falhas e demais problemas que apareceram no equipamento.

Não mais importante que as outras, mas merecendo destaque, a manutenção preventiva proporciona benefícios indiscutíveis para as bombas, como:

1. Redução de custos

A manutenção preventiva pode contribuir para uma redução de custos com a manutenção em geral, que varia de 50 a 80%, bem como para o aumento dos lucros em indústrias e empresas, que pode chegar a 60%. Além disso, a redução de horas extras destinadas a manutenção costuma cair de 20 a 50%, principalmente em indústrias e empresas de atividades agrícolas.

2. Aumento da vida útil da bomba

Ao realizar a manutenção preventiva, a vida útil das bombas também costuma crescer de 20 a 40%, e consequentemente reduzindo em até 30% os estoques de bombas sobressalentes nas indústrias e empresas.

3. Diminuição das falhas

A manutenção preventiva é ainda benéfica em relação a diminuição das falhas. Os equipamentos que sofrem manutenção prévia tendem a apresentar uma queda de problemas que chega a alcançar entre 50 e 60%.

22 de março – Dia Mundial da Água

O Dia Mundial da Água foi instituído pela ONU em 22 de março de 1992 e visa à conscientização da população a respeito dessa valiosa substância.

Sabemos que a água é um recurso essencial para a sobrevivência de todos os seres vivos. Ela atua mantendo nosso corpo hidratado, ajuda no transporte de substâncias, funciona como solvente, regula a nossa temperatura, participa de reações químicas, entre várias outras funções.

Apesar de o nosso planeta ser repleto de água, estima-se que apenas 0,77% esteja disponível para o consumo humano em lagos, rios e reservatórios subterrâneos. Vale destacar, no entanto, que essa quantidade não está distribuída igualmente por todo o território, consequentemente, existem locais onde esse recurso é considerado bastante valioso. Em virtude dessa desigualdade de distribuição, em várias regiões ocorrem verdadeiros conflitos por água.

Além da escassez de água em algumas regiões, enfrentamos ainda o problema da baixa qualidade. A poluição causada pelas atividades humanas faz com que a água esteja disponível, porém não esteja própria para o consumo. Estima-se que 20% da população mundial não tenha acesso à água limpa e, segundo a UNICEF, cerca de 1400 crianças menores que cinco anos de idade morrem todos os dias em decorrência da falta de água potável, saneamento básico e higiene.

Diante da importância da água para a nossa sobrevivência e da necessidade urgente de manter esse recurso disponível, surgiu o Dia Mundial da Água. Essa data, comemorada no dia 22 de março, foi criada em 1992 pela Organização das Nações Unidas (ONU) e visa à ampliação da discussão sobre esse tema tão importante.

No dia 22 de março de 1992, a ONU, além de instituir o Dia Mundial da Água, divulgou a Declaração Universal dos Direitos da Água, que é ordenada em dez artigos. Veja a seguir alguns trechos dessa declaração:

1. A água faz parte do patrimônio do planeta;

2. A água é a seiva do nosso planeta;

3. Os recursos naturais de transformação da água em água potável são lentos, frágeis e muito limitados;

4. O equilíbrio e o futuro de nosso planeta dependem da preservação da água e de seus ciclos;

5.  A água não é somente herança de nossos predecessores; ela é, sobretudo, um empréstimo aos nossos sucessores;

6. A água não é uma doação gratuita da natureza; ela tem um valor econômico: precisa-se saber que ela é, algumas vezes, rara e dispendiosa e que pode muito bem escassear em qualquer região do mundo;

7. A água não deve ser desperdiçada nem poluída, nem envenenada;

8. A utilização da água implica respeito à lei;

9. A gestão da água impõe um equilíbrio entre os imperativos de sua proteção e as necessidades de ordem econômica, sanitária e social;

10. O planejamento da gestão da água deve levar em conta a solidariedade e o consenso em razão de sua distribuição desigual sobre a Terra.

Como toda a população necessita da água para a sua sobrevivência, em julho de 2010, a Assembleia Geral das Nações Unidas declarou, através da Resolução A/RES/64/292, que a água limpa e segura e o saneamento básico são direitos humanos. Sendo assim, a água de qualidade e o saneamento básico passaram a ser um direito garantido por lei.

O uso racional e sua preservação são fundamentais para garantir qualidade de vida para a nossa geração e para as futuras. Faça uso consciente da água!

Por Ma. Vanessa dos Santos

SANTOS, Vanessa Sardinha dos. “22 de março – Dia Mundial da Água”; Brasil Escola. Disponível em <https://brasilescola.uol.com.br/datas-comemorativas/dia-nacional-da-agua.htm>. Acesso em 10 de maio de 2019.

Bombas Submersas: tudo que você precisa saber sobre elas.

Bombas Submersas: tudo que você precisa saber sobre elas

As bombas submersas são equipamentos muito conhecidos e populares, especialmente por seu baixo custo e sua flexibilidade de uso. Esse modelo tem muitas aplicações e apresenta um ótimo desempenho e custo-benefício.

Então, vamos dar uma olhada em como essas bombas funcionam e por que elas podem ser vantajosas para o seu sistema de captação de água!

O que são as bombas submersas?

Também conhecidas como de drenagem, as bombas submersas são equipamentos que trabalham totalmente debaixo d’água e costumam ser mais usadas em residências e propriedades rurais de pequeno porte.

Diferentemente das bombas centrífugas, que funcionam com rotores responsáveis por sugar o líquido em movimento giratório, as bombas submersas trabalham à base de magnetismo, ou seja, por vibrações. Na prática, um eletroímã atrai e repele um martelo que fica preso a um diafragma. Esse movimento, associado a uma série de válvulas, puxa a água e a empurra para a saída da bomba.

Qual a sua função?

Imersa na água, as bombas submersas tem a finalidade de transportar águas limpas ou sujas, de acordo com o tipo de equipamento. Assim, são muito indicadas para diversas aplicações, como caixas d’água, valas, cisternas, águas pluviais, poços etc. No entanto, elas têm uma forma construtiva ideal e mais indicada para atuar em cisternas, bombeando a água até uma caixa ou tanque de armazenamento.

Como instalar a bomba submersa?

O primeiro passo para a instalação da bomba submersa é cuidar do circuito elétrico:

  • utilize componentes de proteção, como disjuntores e fusíveis, e sistemas de acionamentos, como interruptores ou boias de níveis;
  • selecione uma bitola de fio apropriada conforme a tensão e o comprimento, seguindo as recomendações do fabricante presente no manual;
  • não mergulhe a bomba na água enquanto estiver ligada à eletricidade, acionando somente após a conclusão da instalação.

Em relação à instalação da bomba no poço:

  • utilize uma mangueira para a saída da água com parede de no mínimo 2 mm e diâmetro com polegada de ¾;
  • prenda a mangueira à bomba com uma braçadeira;
  • conecte o fio elétrico à rede;
  • utilize a mangueira ou um cabo de segurança para retirar ou colocar a bomba no poço ou cisterna e jamais utilize o fio elétrico para isso;
  • já que a bomba submersa trabalha na vertical, use a mangueira para que ela se mantenha nessa posição — o cabo de segurança não tem essa função e deve ficar frouxo quando a bomba estiver dentro do poço ou cisterna;
  • centralize o equipamento em relação às paredes do poço, com distância mínima de 40 cm do fundo.

Uma tubulação rígida também pode ser utilizada, mas somente se a instalação for fixa. Em casos de instalação móvel, ou seja, em que a bomba será retirada e recolocada constantemente, o ideal é a utilização da mangueira.

Quais cuidados tomar?

Para preservar o bom funcionamento das bombas submersas e garantir a segurança dos operadores, é preciso tomar alguns cuidados:

  • a bomba não deve ficar encostada no fundo, pois sua vibração causa a suspensão de partículas que poderão “sujar” a água e fazer com que a bomba sugue detritos que poderão danificá-la;
  • não deixe a entrada da bomba ficar para fora do espelho d’água;
  • não permita que o equipamento opere a seco, usando uma boia de nível para evitar isso;
  • não mergulhe a emenda do fio na água, mas se não for possível evitar, utilize uma fita isolante de autofusão ou um tubo termorretrátil com resina;
  • cuide para não bloquear ou restringir o fluxo de saída da água com uma válvula ou dobra na mangueira;
  • verifique se a tensão da rede elétrica corresponde ao equipamento;
  • não entre na água caso a bomba esteja ligada na corrente elétrica.

Se for necessário transportar a bomba para outros locais, também é necessário tomar alguns cuidados básicos:

  • nunca levante o equipamento pelo fio, mas use a mangueira, uma corda ou um cabo de segurança;
  • não exponha os componentes elétricos à chuva;
  • no transporte, certifique-se de que a bomba não fique solta, pois poderá causar dano ao veículo, aos ocupantes e ao próprio motor.

Como qualquer outro equipamento, a bomba e seus componentes de instalação também precisam de manutenções preventivas para garantir que sempre estarão em boas condições de uso. Afinal, elas estão debaixo d’água. Então, seu sistema de vedação precisa estar 100% para não causar danos ao motor. Por isso, considere o seguinte:

  • ocasionalmente, verifique as condições da entrada de água da bomba para ver se não estão sujas, obstruídas ou entupidas;
  • limpe o equipamento de vez em quando, retirando a sujeira que se acumula com o tempo;
  • verifique se há enferrujamento nos componentes da bomba, como carcaça, braçadeiras e parafusos;
  • se a tubulação for fixa, faça um buraco de 3 mm em parte do tubo submerso para impedir que a bomba tenha problemas com o ar comprimido;
  • em caso de defeitos, chame um profissional especializado ou leve à rede autorizada.

Tomando esses cuidados, certamente você vai garantir que a bomba submersa mantenha um bom desempenho e estenda sua vida útil.

Seus benefícios e vantagens?

Em relação a outros modelos, as bombas submersas apresentam diversas vantagens. Por exemplo, elas são mais baratas que as bombas centrífugas, chegando a ser 50% mais em conta. Além disso, são portáteis e de fácil instalação.

Também podemos destacar as vantagens na performance do equipamento. Por ser submersa na água, sua força de propulsão é muito elevada.

Também, pelo mesmo motivo, dificilmente haverá problemas de entrada de ar no sistema, algo muito comum em bombas de superfície, que precisam estar muito bem vedadas. Por estar submersas, a própria pressão da água ajuda a injetar o líquido na bomba, reduzindo o consumo de energia do equipamento.

Não há dúvidas das diversas vantagens que há no uso de bombas submersas, especialmente o seu custo-benefício. Em todo caso, é importante avaliar as suas necessidades e as condições em que a bomba será instalada para decidir qual o melhor equipamento no seu caso.

Quer conhecer as opções de bombas submersas? Navegue pelo nosso site e conheça os melhores modelos!